sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nova queda anunciada

Agência O Globo
BRASÍLIA – Em 13 meses de governo, a presidente Dilma Rousseff trocou ontem o sétimo ministro de sua equipe envolvido em denúncias de irregularidades. Sem apoio de seu partido, o PP, Mário Negromonte formalizou o já aguardado pedido de demissão do Ministério das Cidades numa audiência de 15 minutos com Dilma. Em seguida, a presidente se reuniu com o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), e convidou o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), para assumir o cargo.
Além dos desafios técnicos, sendo o principal destravar o programa Minha Casa, Minha Vida, o novo ministro enfrentava hoje resistência de parte de seus colegas de bancada. “A recomendação é correr para vencer entraves. No Minha Casa, Minha Vida, precisamos dinamizar as relações com a Caixa Econômica para agilizar o programa”, disse Ribeiro, ao sair do Palácio do Planalto.
No meio da tarde, antes da confirmação oficial da escolha do novo ministro, o deputado Nelson Meurer (PP-PR), que perdeu para Ribeiro a liderança do PP no auge da primeira crise enfrentada por Negromonte em agosto passado, não se conteve: “Não foi uma boa saída. Negromonte saindo desse jeito, chamuscado. Mas já confirmaram mesmo (Ribeiro)? Vamos ver como ele vai se sair”.
A demissão de Negromonte e o convite a Ribeiro foram anunciados pelo Palácio do Planalto por volta de 16h, em nota. No comunicado, Dilma agradeceu a Negromonte pelos “serviços por ele prestados” e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos. Já Negromonte disse ser vítima de “uma campanha que se pretendeu difamante e que o tempo vem provando infundada, sem consistência, sem conteúdo”. Segundo ele, “nessa verdadeira guerra pelo poder, parte da mídia reproduziu denúncias vazias, de forma agressiva e insistente”.
Dos 37 ministros que assumiram o governo com Dilma, oito saíram antes de Negromonte: Antônio Palocci (Casa Civil), Carlos Lupi (Trabalho), Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte), Wagner Rossi (Agricultura), Nelson Jobim (Defesa) e Fernando Haddad (Educação). Só os dois últimos não enfrentavam denúncias de irregularidades. Hoje são 38 ministros.

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