O plenário do Senado aprovou em primeiro turno, por 58 votos a favor e 13 contrários, nesta
quarta feira (9), a Proposta de Emenda à Constituição 36/2016, um projeto de reforma política que
cria a cláusula de barreira e acaba com a coligação nas eleições proporcionais. O projeto foi
protocolado em julho pelos senadores Aécio Neves (PSDBMG) e Ricardo Ferraço (PSDBES).
Entre os pernambucanos, Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB)
votaram ‘sim’ e Humberto Costa (PT) votou ‘não’.
Com o fim das coligações, os partidos não conseguirão ter seus votos somados na hora de
contabilizar quantos parlamentares serão eleitos. Já que o sistema de eleição nesse caso é
proporcional, as legendas ou coligações recebem um número de cadeiras equivalente à sua
votação percentual.
Aécio pede a Temer apoio para recriar cláusula de barreira e proibir coligação
CCJ do Senado aprova proposta de reforma política com fim de coligações
Se a cláusula de barreira for aprovada em segundo turno também, os partidos terão que ter pelo
menos 2% dos votos válidos em 14 estados nas eleições de 2018 e 3% em 2022 para ter acesso
ao fundo partidário e a tempo de rádio e televisão.
A lei 9.096, de 1995, previa regras para uma barreira a partir das eleições de 2006. A
exigência era de que os partidos tivessem, no mínimo, 5% da votação nacional para a Câmara
Federal e pelo menos 2% do total de votos de cada um dos estados. Essas normas, porém,
foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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