sábado, 5 de novembro de 2016

Rumor sobre FHC abate Temer, Alckmin, Aécio e Serra


A possibilidade de o tucano Fernando Henrique Cardoso voltar a concorrer à Presidência da República gerou uma crise ontem entre PMDB e PSDB e causou apreensão entre caciques tucanos.
Nos últimos tempos, surgiram rumores na imprensa sobre uma eventual candidatura de FHC numa eleição indireta no Congresso no ano que vem, na hipótese de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassar em 2017 a chapa Dilma-Temer, eleita em 2014.
Mas um importante auxiliar de FHC, Xico Graziano, mudou o patamar desses rumores em artigo ontem na “Folha de S.Paulo” ao pregar a hipótese de FHC disputar a Presidência no colégio eleitoral do Congresso ou num pleito direto em 2018.
Em viagem ao exterior, FHC negou as duas possibilidades. Mas o estrago do artigo foi enorme, devido à proximidade de Graziano com FHC. Ele é um dos mais antigos e próximos colaboradores do ex-presidente.
Para o Palácio do Planalto, numa hora de apreensão com a possibilidade de citações a ministros do PMDB e ao presidente Michel Temer nas delações de executivos da Odebrecht, o artigo soou como uma tentativa de desestabilizar o governo. Essa especulação enfraquece Temer. O presidente ficou contrariado e aguardou explicações de FHC.
No PSDB, o impacto também foi grande. A leitura é que a Lava Jato demoliria as chances dos três nomes hoje aventados. Pela ordem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aécio Neves (MG) e o ministro das Relações Exteriores, José Serra.
Alckmin, Aécio e Serra deverão ser citados nas delações, de acordo com os bastidores das negociações da Odebrecht com os investigadores. Todos negam ilegalidades. Mas sugerir FHC para 2018 equivale a dizer que Alckmin, Aécio e Serra estariam fora do páreo por razões políticas, mas também jurídicas.
Portanto, apesar da negativa de FHC, o resultado do imbróglio do artigo só deixa uma pessoa bem na foto: o ex-presidente tucano.  (Kennedy Alencar)

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