segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O PT não tem o que comemorar

   A delação do fim do mundo, como está sendo chamado o conjunto de depoimentos dos executivos da Odebrecht na operação Lava Jato, atinge frontalmente os políticos mais poderosos do País, dos mais diversos partidos, a começar pelo atual inquilino do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB). As revelações agravam profundamente a crise política e deixam o País atolado num cenário de incertezas e depressão.
O PT, que a princípio comemora o tiro certeiro da primeira delação em Temer, disparado pelo executivo Cláudio Melo Filho, que disse que o presidente pediu R$ 10 milhões para campanhas de aliados, pode tirar o cavalinho da chuva. É o único partido que não pode atirar pedras em ninguém. Ferida na ética e campeã em malandragem, a legenda é a que tem o maior número de filiados graduados envolvidos na gatunagem que quase faliu a Petrobras.
Se os principais líderes petistas imaginam que as bombas estouradas a cada delação dos 77 executivos tendem a ferir de morte apenas Temer e o PMDB, partido, como o PT, carimbado pelo símbolo da corrupção e da ladroagem, estão tremendamente equivocados. PT e PMDB são irmãos siameses em trelas. Sendo assim, serão igualmente arrastados para a jaula dos leões.
Pelo jeito, não escapa ninguém. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que elegeu no primeiro turno o prefeito da capital, tirando o PT do poder, motivando a leitura de que havia se fortalecido na disputa presidencial de 2018, foi alvejado por um tiro de canhão. Aécio Neves, que por pouco não derrota Dilma na eleição passada, é carta fora de baralho por tudo que vem sendo citado e investigado na Lava Jato.
O PT, que enche as ruas com o fora Temer, achando que uma antecipação da eleição presidencial transformaria Lula num potencial candidato a presidente, é melhor se preparar para o pior. Chefe do esquema que assaltou a Petrobras, enriqueceu empreiteiros e financiou campanhas de políticos, Lula responde por crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. É, politicamente, um morto-vivo.
No jogo eleitoral, a morte de Lula, Aécio, Alckmin, Serra e Temer abre a janela do imponderável para as eleições de 2018. Corrompidos, perderam o respeito e a admiração do povo brasileiro, órfão de lideranças. A orfandade é um perigoso caminho para abrigar aventureiros. A última aventura, a vitória de Collor, o então caçador de marajás, em 89, levou o País à bancarrota.

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