quinta-feira, 7 de junho de 2018

Deputada volta a falar da crise na Saúde

Na Reunião Plenária de ontem, na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Socorro Pimentel (PTB) voltou a falar sobre a crise que enfrenta a Saúde no Estado. Pimentel chegou a elogiar o Sistema Único de Saúde – SUS, mas lamentou que a realidade encontrada pela população esteja muito distante do que o prevê a teoria do programa adotado no Brasil há 30 anos.
“É fundamental que possamos refletir sobre o abismo que ainda separa o SUS do papel do SUS da vida real. Hoje, quem necessita da saúde pública sofre com a dificuldade de acesso; com as filas sem fim para marcar uma consulta ou uma cirurgia; com a carência de leitos; falta de medicamentos; com as unidades de saúde sucateadas, entre tantas outras problemáticas”, disse.
A parlamentar também criticou a postura adotada pelos gestores em Pernambuco. “Junto à falta de prioridade por parte do Estado, padecemos com a incompetência de boa parte dos gestores. Estima-se que a ineficiência e a burocracia redundem em perdas da ordem de 30% a 35% das verbas que seriam para a saúde dos cidadãos”, afirmou. “Em Pernambuco, uma pesquisa da Vox Populli, divulgada essa semana, mostrou que a Saúde é a maior preocupação dos pernambucanos, superando até a violência, tamanho o desmantelo que atinge os nossos serviços”, apontou a deputada.
Socorro Pimentel também questionou os serviços prestados pelos planos de saúde populares que têm atraído a população pelo baixo custo e tem servido de alternativa ao SUS.  Ela disse que o conjunto dos planos privados no Brasil “tem jogado no campo adversário” da saúde pública e pressionado os governos para mudar as leis que hoje protegem os consumidores.
“Tramita no Congresso Nacional a proposição que prevê planos de saúde de cobertura limitada, ironicamente batizados como populares, e que representam um retrocesso: ferem os direitos dos consumidores, não oferecem assistência integral, liberam reajustes e aumentam prazos para acesso aos procedimentos”, afirmou Socorro Pimentel. “Posturas como essas visam somente a enriquecer as empresas sem se preocupar com os cidadãos”.
Por fim, a parlamentar anunciou uma audiência pública que acontecerá na Assembleia, na próxima terça-feira (12), no âmbito da Comissão de Cidadania para debater sobre os serviços prestados pelo plano de saúde Hapvida em Pernambuco. “O Hapvida vem impondo procedimentos confusos a seus usuários e dispensando tratamento lamentável aos profissionais”, relatou a deputada.

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