Agência Senado
No quarto dia de discussão, em primeiro turno, de três das mais importantes propostas da reforma política, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) se disse pessimista com a modernização da política brasileira. Preocupado com a ausência do povo nesse debate, ele apontou o risco de a reforma produzir uma legislação pior do que a que está em vigor.
- A comissão da reforma política fez um belo trabalho, mas o povo não esteve presente. A sociedade não participou. E se ninguém está preocupado, é porque todo mundo sabe que não é pra valer, que não vai sair. Se fosse pra valer, esse Plenário agora estaria cheio, como aconteceu na Assembleia Constituinte. Se a sociedade vier debater, analisar, as coisas acontecem - disse Simon.
Ele elogiou a iniciativa do presidente do Senado, José Sarney, de iniciar esta reforma, mas considerou necessário trazer a sociedade para discutir o assunto dentro do Legislativo, para que o povo participe como participou da elaboração da lei conhecida como Ficha Limpa
.
Simon também elogiou o trabalho realizado pela comissão da reforma política, conduzida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ). E deteve-se, sobretudo, na emenda que reduz de dois para um o número de suplentes com que cada senador é eleito.
- Em vez de dois suplentes, um só, e não pode ser parente, nem mulher, nem filho. Cá entre nós, é triste ter que colocar na Constituição algo que é da ética pessoal - lamentou o parlamentar.
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