BRASÍLIA (Reuters) - A oposição do Senado deve recomeçar do zero a busca de apoio para a instalação de uma CPI para investigar denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes após dois senadores retirarem suas assinaturas do requerimento pela instalação da comissão.
O senador Reditario Cassol (PP-RO), que havia dado a última das 27 assinaturas necessárias para a abertura da CPI, retirou seu apoio à comissão nesta quarta-feira. Na noite de terça-feira, o senador João Durval (PDT-BA) já havia retirado seu nome do documento.
Com isso, o requerimento protocolado na noite de terça deve ser devolvido nesta quarta ao seu autor, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), e a coleta de assinaturas terá de recomeçar do zero.
'Respeito a decisão de cada senador, mas eu creio que assinar e depois retirar a assinatura é semelhante àquele que assina um cheque e descobre que está sem fundos', criticou Dias em conversa com jornalistas.
'Nós retomaremos o trabalho de coleta de assinaturas, na expectativa que os que assinaram assinem novamente, e que nós consigamos mais duas assinaturas para chegar a pelo menos 27.'
A liderança do governo na Casa, no entanto, promete continuar os esforços para que naufrague a tentativa de instalação da comissão.
'Cada um tem seu papel. nós estamos junto aos senadores mostrando que não vale a pena dar uma CPI à oposição para a oposição fustigar o governo', disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
'A oposição não tem 27 membros na base da oposição. A base do governo é uma base majoritária aqui, portanto a base do governo tem a condição de evitar uma CPI se os senadores e senadoras não assinarem essa CPI. É isso que nós vamos procurar mostrar', acrescentou.
O desfalque da oposição poderia ser maior, após a desistência de apoio do senador tucano Ataídes Oliveira (TO). Ele havia pedido nesta manhã a retirada de sua assinatura, mas voltou atrás e manteve o apoio à CPI.
Ataídes Oliveira está no Senado como suplente do senador João Ribeiro, que é filiado ao PR, partido que comanda o Ministério dos Transportes. A legenda seria a principal beneficiada pelo suposto esquema de arrecadação de propinas na pasta, que motivou a criação da CPI.
As denúncias no Ministério dos Transportes levaram à queda do ex-ministro Alfredo Nascimento, que na terça-feira reassumiu seu mandato de senador pelo PR do Amazonas. Desde a divulgação de que haveria um esquema de arrecadação de propinas para o PR nos Transportes, mais de 20 servidores foram afastados ou demitidos do ministério ou de órgãos ligados a ele.
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