Por Magno Martins
Conhecedor
profundo das políticas públicas para o semiárido, o ex-deputado Osvaldo
Coelho (DEM) meteu o dedo na ferida. Aproveitando que o debate da mais
longa seca dos últimos 50 anos entrou definitivamente na mídia nacional,
mandou carta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, na tentativa de
dobrar o seu coração financeiro.
Disse
que Dilma só tem olhado para as regiões ricas e que, quando se quer,
não falta dinheiro, como não tem faltado dinheiro para a Copa do Mundo,
as Olimpíadas, trem bala e até conceder empréstimo ao FMI.
“O
Governo só não tem dinheiro para irrigação no Nordeste”, advertiu,
acrescentando: “A fruticultura irrigada no semiárido gera um emprego
direto e mais dois indiretos por hectare. Não é por outra razão que os
dois países mais populosos do mundo, a China e o Japão, utilizam-na
maciçamente pela sua capacidade de criar empregos”.
Coelho
disse, ainda, que Dilma precisa dar um tratamento diferenciado ao
Nordeste. “Temos a maior taxa de analfabetismo do País, o PIB per capta
do semiárido correspondente a metade do nordestino e a 25% do nacional.
Temos apenas três de um total de 63 universidades federais”, alertou.
Segundo
o ex-deputado, o semiárido tem um potencial de irrigação da ordem de
1,3 milhão de hectares, que se viesse a ser devidamente explorado
poderia de fato transformar a região numa nova Califórnia.
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