No painel eletrônico, 44 senadores votaram contra a urgência e 14 a favor. Com a rejeição do requerimento, o projeto anticorrupção foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde deverá ser debatido antes de ser votado pelo plenário.
A atitude de Renan causou indignação de parlamentares contrários à forma como o projeto foi aprovado pela Câmara, desfigurado, com várias modificações em relação à proposta original do Ministério Público.
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ficou "estupefato" com a postura da Câmara de alterar o projeto de medidas anticorrupção proposto pelo Ministério Público, com a assinatura de dois milhões de brasileiros.
Sobre a tentativa de Renan de votar o projeto a toque de caixa, Janot afirmou: "Não quero crer que um julgamento pautado no Brasil para o dia 1º tenha sido a causa de toda a pressa. Me recuso a acreditar nisso".
Hoje, o Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para aceitar ou não a denúncia contra o presidente do Senado. Renan é acusado de receber ajuda de uma empreiteira para pagar a pensão de um filho que teve com uma jornalista.
Já a força-tarefa da Lava Jato ameaçou deixar a operação caso o Senado não mude a proposta. Talvez os favoráveis à manobra sorrateira de Renan tenham ficado entusiasmado com a notícia.
Votos a favor
Nenhum senador defendeu o requerimento no plenário. Os que votaram a favor são:
- Benedito de Lira (PP-AL)
- Fernando Collor (PTC-AL)
- João Alberto Souza (PMDB-MA)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Fernando Coelho (PSB-PE)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Vicentinho Alves (PR-TO)
- Zezé Perrella (PDT-MG)
- Hélio José (PMDB-DF)
- Roberto Requião (PMDB-PR)
- Ivo Cassol (PP-RO)
- Valdir Raupp (PMDB-RO)
- Pastor Valadares (PDT-RO).
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