El País - Afonso Benites e Flávia Marreiro
Apenas horas depois de a Câmara aprovar o controverso pacote anticorrupção desfigurado para incluir mecanismos mais amplos de punição para juízes e promotores, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou fazer o mesmo no Senado. O presidente da Casa colocou em votação no plenário na tarde desta quarta-feira um pedido de urgência de votação do conjunto de medidas aprovado, que agora está sendo chamado de pacote anti-Lava Jato.
O movimento de Renan Calheiros só exalta o clima de salve-se quem puder instalado no Congresso que convive com dezenas de implicados na Operação Lava Jato.
O pacote anticorrupção é o projeto mais caro para o Ministério Público Federal, que o fez chegar ao Congresso por meio de iniciativa popular (reunindo milhares de assinaturas). Estava longe de ser unânime entre especialistas, mas só ganhou força com a tentativa de parte dos deputados de incluir no texto uma anistia à prática do caixa 2 (receber recursos não declarados para campanha política). Deve dar fôlego a uma convocatória de protesto contra a corrupção em São Paulo no próximo domingo, dia 4.
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