Por Antônio Campos*
Existe em curso um jogo orquestrado e sistêmico de setores da iniciativa privada da Educação e alguns setores corporativistas do ensino público superior com diversas iniciativas, através de notas, instrumentalização de setores políticos, publicações, convocações, tentando desestabilizar um firme defensor da coisa pública, que é o ministro da Educação Abraham Weintraub.
Sem entrar no mérito de algumas declarações hipervalorizadas, o que está no núcleo desse jogo é setores privados da educação continuarem mandando na educação pública brasileira. A firmeza e o propósito do ministro Abraham inverteu essa lógica, colocando o interesse público acima de interesses menores patrimonialistas de setores da iniciativa privada educacional, contrariando vários interesses, que se organizaram em uma reação. Não falo aqui dos interesses maiores e salutares da iniciativa privada educacional que merecem ser respeitados.
Não se vê uma discussão por parte desses setores do Fies e dos problemas do passado e desafios do presente, do Pronatec e uma discussão técnica dos Melhores Caminhos e não propõem uma alternativa ao Future-se, mas apenas o repelem.
Jovens deputados mostram arrojo em comissões na Câmara dos Deputados, quando não têm posição firme, em seus Estados, quanto a graves desvios milionários na merenda escolar e quanto a investigações de possível cartel no fornecimento de kit escolar, que alimentaria conhecidas campanhas eleitorais.
A bíblia ensina que Deus escolheu Abraão pela sua fidelidade, característica marcante na vida deste patriarca.
O ministro Abraham demonstra uma firmeza de propósito e uma grande coragem em fazer prevalecer a lógica da educação pública e do interesse público em detrimento de interesses menores corporativistas e patrimonialistas.
*Advogado, escritor e acadêmico
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