Ayrton Maciel
Integrantes do mesmo partido e aliados na gestão municipal e no governo do Estado, o vice-governador João Lyra Neto (PDT) e o atual prefeito de Caruaru, no Agreste, José Queiroz (PDT), estão em rota de colisão e de racha na Frente Popular da cidade. O motivo: a Prefeitura e a eleição de outubro deste ano. Enquanto Queiroz se coloca como candidato à reeleição, Lyra Neto estaria trabalhando para lançar a filha, deputada estadual licenciada e secretária da Criança e da Juventude do Estado, Raquel Lyra, como alternativa ao prefeito. O vice afirma, porém, que não tem um nome ainda a apresentar.Em entrevista ao programa Geraldo Freire, da Rádio Jornal, nessa terça-feira, João Lyra Neto defendeu a necessidade da Frente Popular apresentar um nome alternativo a José Queiroz, sob pena de se registrar – segundo o vice-governador – uma derrota da aliança e a perda de Caruaru, maior cidade do interior, pela Frente Popular. O vice acusou o prefeito de ter uma gestão “desatualizada” e de não dialogar com os partidos. “Houve uma desatualização da gestão. Hoje, tem que se usar tecnologia da informação, planejamento estratégico e assessoria técnica como modelo de gestão eficiente e eficaz. Ele não correspondeu à expectativa. Não reeditou as suas gestões anteriores”, disparou Lyra Neto.
Sem deixar de ser irônico com o aliado e cobrar a reciprocidade em solidariedade, José Queiroz amenizou divergências e destacou ações da gestão para mostrar que faz uma administração “moderna” e articulada. “Não há nada de minha parte. Agora, eu sei ser solidário. Em 2004, estive com ele (Lyra Neto candidato a prefeito) até o fim. Em 2010, ninguém apoiava ele continuar na vice de Eduardo Campos (PSB). Era rejeitado. Finquei pé, o PDT fez uma moção de apoio. Ele ficou”, disse Queiroz à rádio.
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