Da coluna Fogo Cruzado
Desde 1989, o Partido Comunista do Brasil caminha junto com o PT e o
PSB. Apoiou as cinco eleições de Luiz Inácio Lula da Silva para
presidente da República, das quais três resultaram em fracasso e duas em
vitória. Apoiou também Dilma Rousseff na vitoriosa campanha de 2010. Na
de 1989, vencida pelo senador Fernando Collor, os três partidos foram
às ruas como “Frente Brasil Popular”, abrindo caminho para a primeira
vitória de Lula que só se consumaria em 2002. Para a eleição do próximo
ano, o triunvirato não estará mais unido. Será a primeira vez nos
últimos 25 anos em que essas forças ditas “populares” não marcharão com
um candidato comum à presidência da República. O PT estará de um lado
com a candidata Dilma Rousseff e o PSB de outro com o candidato Eduardo
Campos. Aliado de ambos, o PCdoB irá decidir em 2014 com qual dos dois
irá romper. Mas não é difícil supor que a força “excluída” será o PSB.
Para a secção pernambucana do PCdoB, que tem uma relação fraterna com o
PSB, será doloroso não apoiar a candidatura do governador Eduardo Campos
à sucessão presidencial. Até porque, como costuma frisar o ex-vereador
Sérgio Magalhães, Miguel Arraes nunca foi formalmente um comunista, mas o
partido com que mais se identificava, ideologicamente, era o velho
PCdoB.
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