A Polícia Federal aponta “influência política” do doleiro Alberto
Youssef – alvo maior da Operação Lava Jato – sobre o ex-ministro da
Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT. A
suspeita decorre de diálogo interceptado pela PF, entre Primo, como
Youssef é conhecido, e a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, no dia 5
de março, através de um aplicativo de mensagem instantânea. A informação
é de reportagem de Fausto Macedo e Fernando Gallo, no jornal O Estado
de S. Paulo.
Ela questiona Youssef se ele “tem acesso atualmente” ao
delegado-geral da Polícia Civil paulista e cita o nome Maurício Blazeck,
que ocupa o cargo desde novembro de 2012. Nelma diz que “queria um
cargo para um amigo” dela no Departamento Estadual de Investigações
Criminais (Deic). “Se o Padilha ganhar o governo ajudo ele e muito”,
respondeu o doleiro.
Para a PF, o diálogo grampeado “indica possivelmente que (Youssef)
tem influência política junto ao candidato ao governo de São Paulo,
Alexandre Padilha”. “Tá bom. Eu quero então acesso ao delegado geral de
sp prá um cargo”, finalizou Nelma. Em outro momento, ela solicita a
Youssef que entre em contato através do skype e indica o contato:
“joaquina_apazza”. A PF conclui que os dois “possivelmente passaram a
conversar através deste dispositivo”.
Labogen. Padilha não é investigado pela Lava Jato, mas o nome dele é
citado em outros documentos da PF. No relatório principal, que resultou
na ordem de prisão de Youssef e seu grupo, os investigadores revelam o
empenho do doleiro para emplacar o laboratório Labogen Química Fina em
negócio milionário da Saúde, na gestão do petista. A PF juntou aos autos
cópia do projeto de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do
ministério e anexou uma fotografia do ex-ministro em um evento.
Em um relatório, a PF transcreve diálogos entre o doleiro e o
deputado André Vargas, que se desfiliou do PT na sexta feira. Numa
conversa com Youssef, o parlamentar diz que foi Padilha quem indicou um
ex-assessor na Saúde para ocupar cargo no Labogen.
A nova citação a Padilha consta de relatório complementar de
monitoramento telemático número 8/14. O trecho em que Nelma indaga
Youssef se ele tem acesso ao delegado a PF intitulou “influência governo
São Paulo”. O grampo alcançou 512 mensagens entre Youssef, que se
identifica por ‘Jaiminho’, e Nelma no período de 28 de fevereiro a 14 de
março, no âmbito da Operação Dolce Vita, desdobramento da Lava Jato –
foram quatro investigações simultâneas, cada uma relacionada a um grupo
de doleiros.
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