Itamar Garcez – Blog Os Divergentes
O desemprego recorde e a operação Lava-Jato pesaram entre as motivações que levam eleitores a reprovar majoritariamente o governo Michel Temer. Se é indiscutível que as atuais mazelas econômicas e sociais têm sua origem no desastroso governo Dilma Rousseff, não é menos verdade que a senhora de bofes virados não fez toda a lambança sozinha.
De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada na sexta, 31, 55% dos eleitores consideram o governo Michel Temer ruim ou péssimo. Outros 31% o avaliaram como regular. Para apenas 10%, ele é ótimo ou bom. Ou seja, a desaprovação ao mandato-tampão de Temer é maciça.
Afora o PT, que persistiu em mantê-la como presidente após os sinais de desgoverno do primeiro mandato, houve o apoio indispensável do PMDB de Temer. Ele mesmo, então presidente da sigla, elemento decisivo para a sustentação da mandatária, já que parte expressiva do PMDB rejeitava a aliança PT-PMDB.
Certo que Temer e seu PMDB foram elementos passivos nas aventuras fiscais da mandatária que só ouvia quem com ela concordasse. Mas a sustentação política, parlamentar e eleitoral não seria viável caso os peemedebistas retirassem sua chancela à coalizão. Temer não é inocente. O descontentamento do povaréu com sua gestão, conscientemente ou não, tem lastro no eterno apego do PMDB com quem esteja no poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário