O discurso da vitória do governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) nesse domingo (28) mostra bem como o tucanato saiu ainda mais rachado destas eleições mesmo após o partido ter conseguido manter a hegemonia no comando do maior colégio eleitoral do País. Aos jornalistas, Doria disse que não recebeu sequer um telefonema do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-governador Geraldo Alckmin, seu padrinho político, para parabenizar o correligionário pela eleição. Na sua fala, o ex-prefeito fez questão ressaltar que no PSDB dele e de lideranças como o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o deputado federal pernambucano Bruno Araújo, a legenda “estará ao lado do povo”.
Ainda no seu discurso, o governador eleito disse respeitar os fundadores da sigla, mas que os tucanos precisam se “sintonizar com o momento atual e o momento futuro do nosso País”. “Respeito os líderes que ajudaram a fundar e construir o PSDB. Não vamos desrespeitar a história desses nomes. Temos que interpretar essa eleição com muita humildade. PSDB precisa sintonizar com o momento atual e o momento futuro do nosso país. Faremos isso sem ofender ninguém, sem atacar a história de ninguém”, disse.
“Não recebi ligação de Fernando Henrique Cardoso nem de Geraldo Alckmin. A partir de 1º de janeiro, no meu PSDB, do Bruno Covas, do Bruno Araújo, tem lado. Estará ao lado do povo, ao lado do Brasil”, afirmou.
Antes mesmo do resultado desse domingo, Bruno Araújo, que é presidente do PSDB em Pernambuco, disse ao Blog de Jamildo que uma vitória do ex-prefeito aceleraria a “refundação” do PSDB. “A vitória (de Doria) significa um processo de refundação mais rápido, mais célere, com um viés mais firme no sentido de posições mais afirmativas”, disse o tucano.
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