Coluna Fogo Cruzado
Bolsonaro será o primeiro fardado eleito depois do general Eurico Gaspar Dutra
Partidos de esquerda como o PT, o PSB, o PCdoB e o PSOL defendem a criação de uma “frente democrática” para enfrentar Jair Bolsonaro neste segundo turno da eleição presidencial. A intenção pode até ser boa, mas o resultado será ineficaz, pois quem tinha de aderir ao candidato do PT já o fez na noite do domingo do primeiro turno, como o ex-candidato do PSOL, Guilherme Boulos e a direção nacional do PSB. Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) não votam em Bolsonaro, “de jeito nenhum”, mas também não garantem apoio ao ex-prefeito de São Paulo. Esta é também a posição do ex-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Além do mais, “frentes democráticas” em regime democrático não têm apelo eleitoral algum. Só teria se ainda vivêssemos sob um regime autoritário, o que não é caso. Os eleitores, em sua maioria, já fizeram sua opção no primeiro turno e nada indica que irão mudar de opinião neste segundo. Bolsonaro será novamente majoritário em todas as regiões do país, à exceção do Nordeste, onde o ex-presidente Lula ainda é mitificado. Por outro lado, Haddad já esgotou seu arsenal de acusações ao candidato do PSL, sendo que ele não foi suficiente para tirar-lhe a condição de favorito, conforme mostram quatro pesquisas divulgadas nos últimos 8 dias: uma do Datafolha, uma do Ibope, uma do Ipespe e outra do BTG Pactual. Bolsonaro já pode se considerar o futuro presidente da República, sendo o primeiro militar a chegar ao Planalto pelo voto direto e secreto depois do general Eurico Dutra. Se dará certo ou não à frente do governo, o tempo dirá.
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