É fato que as delações ocorridas no âmbito da Operação Calvário, sobretudo a da ex-secretária Livânia Farias, têm caído como uma bomba no colo de muitos políticos e figuras públicas paraibanas.
Em um novo trecho repercutido pelo Blog do Anderson Soares, Livânia revela um esquema de compra de apoio de deputados estaduais, mediante o pagamento mensal de propina oriunda da Cruz Vermelha.
Segundo as informações detalhadas da ex-secretária, do montante de dinheiro da propina pago à organização criminosa do PSB, cerca de R$ 280 mil era retirado para pagar a deputados estaduais.
O valor era repassado, mensalmente, através do empresário Roberto Santiago, já que a proposta de compra de apoio foi feita pelo próprio empresário.
“Vocês não sabem fazer política. Vou mostrar como se faz. Precisamos adoçar a boca dos deputados”, teria dito ele.
Ainda de acordo com a ex-secretária, os valores do mensalão ficavam em torno de R$ 30 a R$ 50 mil para cada parlamentar e que mesmo recebendo das mãos de Santiago, os deputados sabiam que a ‘propina’ era paga pelo Governo do Estado.
“Quando atrasava, os deputados iam até meu gabinete cobrar o pagamento”, diz Livânia na delação.
O mensalão da Cruz Vermelha teria sido pago aos deputados entre os anos de 2013 e 2014.
Ainda de acordo com Livânia recebiam a propina os deputados Adriano Galdino, Antônio Mineral, Branco Mendes, Eva Gouveia, João Gonçalves, Lindolfo Pires, Márcio Roberto e Tião Gomes.
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