quarta-feira, 8 de junho de 2011

Carreira política marcada por êxitos e suspeitas

SÃO PAULO (AE) - Antonio Palocci Filho, 50 anos, médico por profissão, político de carreira, filiado ao PT desde a fundação, trotskista da Convergência Socialista nos idos de 1980, por duas vezes ocupou cargo de ministro que lhe conferiu poder na República, primeiro foi ministro da Fazenda no governo Lula, depois da Casa Civil, no governo Dilma. Nas duas ocasiões, um mesmo desfecho: perdeu a cadeira e o prestígio, alvo de escândalos e investigações da polícia, do Ministério Público e do Congresso.

A ele imputaram toda sorte de acusações, inclusive no período em que exerceu mandatos de prefeito de Ribeirão Preto (SP), sua cidade natal: corrupção, mensalinho da máfia do lixo, licitações dirigidas para compra de molho de tomate com ervilha. Custou-lhe a pasta da Fazenda, em março de 2006, a quebra do sigilo bancário de um certo Francenildo Santos Costa - o caseiro que revelou as idas de Palocci a uma mansão, em Brasília, para reuniões com lobistas, segundo a CPI dos Bingos.

O mais novo capítulo, que ontem culminou com sua queda da Casa Civil, revela um Palocci perspicaz para negócios: multiplicou em 20 seu patrimônio nos últimos quatro anos, etapa em que dava expediente na Câmara, como deputado, e no comando da Projeto, a bem sucedida empresa de consultorias.
Palocci está às voltas com a locação do apartamento de Moema, na zona Sul da Capital, 600 metros quadrados pelos quais paga R$ 15,020 de aluguel, fora IPTU e taxa de condomínio. O dono do imóvel é velho cliente da polícia, Gesmo Siqueira dos Santos, que responde a 140 inquéritos por crimes contra a ordem econômica e contra o sistema financeiro.

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