Agência O Globo
BRASÍLIA No dia em que o Palácio do Planalto chegou a anunciar que a crise com a base governista estava superada, os aliados na Câmara dos Deputados comandaram uma rebelião que provocou ontem pelos menos três derrotas à presidente Dilma Rousseff, mantendo paralisadas as votações em plenário. A principal delas foi obstruir a votação da Lei Geral da Copa.
Para surpresa do Planalto, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) foi convocada na Comissão do Trabalho. Também foi aprovado convite para o ministro Guido Mantega (Fazenda) falar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. E na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara foi aprovada emenda constitucional que tira do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas. Pela manhã, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), tomando por base a aprovação de uma consensual medida provisória no Senado, na véspera, afirmou: Isso está superado (a crise). Está tudo ótimo. Está tudo bem.
No final do dia, a avaliação feita no núcleo palaciano era de que a situação está difícil e que será preciso traçar nova estratégia com o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para romper o ciclo da rebeldia aliada.
Ontem, apesar da pressão do Planalto, a maioria dos 17 partidos da base obstruiu a votação da Lei da Copa. Só PT, PSB, PCdoB e PP defenderam a votação. No fim do dia, Chinaglia cobrou responsabilidade dos aliados: Foi assinado um contrato. Por isso, o Brasil tem que respeitar. Não se pode ameaçar a Copa do Mundo por conta da votação do Código Florestal. Não dá para fazer essa vinculação entre as duas votações. Vamos administrar esse período, mas não há nenhuma tensão.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), justificou, sem convencer muito: Obstruímos para evitar que o governo fosse derrotado. Havia uma maioria silenciosa contra. Ou o governo seria derrotado ou tirariam o quórum. Evitei o vexame. Precisamos de tempo para construir um acordo e ter uma maioria barulhenta a favor. A base quer que o governo marque uma data para votar o Código Florestal antes de votar a Lei da Copa.
Em plena quarta-feira, quando normalmente as votações se estendem até tarde da noite, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou o fim da sessão às 17h30 e comunicou nova tentativa de votação na próxima semana. Mas a aposta é que votação só ocorra após a Semana Santa, em abril.
Pelos corredores, os insatisfeitos deputados da base aliada diziam que a paralisação das votações é uma forma de mostrar a Dilma que eles devem ser tratados com respeito.
BRASÍLIA No dia em que o Palácio do Planalto chegou a anunciar que a crise com a base governista estava superada, os aliados na Câmara dos Deputados comandaram uma rebelião que provocou ontem pelos menos três derrotas à presidente Dilma Rousseff, mantendo paralisadas as votações em plenário. A principal delas foi obstruir a votação da Lei Geral da Copa.
Para surpresa do Planalto, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) foi convocada na Comissão do Trabalho. Também foi aprovado convite para o ministro Guido Mantega (Fazenda) falar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa. E na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara foi aprovada emenda constitucional que tira do Executivo a prerrogativa de demarcar terras indígenas. Pela manhã, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), tomando por base a aprovação de uma consensual medida provisória no Senado, na véspera, afirmou: Isso está superado (a crise). Está tudo ótimo. Está tudo bem.
No final do dia, a avaliação feita no núcleo palaciano era de que a situação está difícil e que será preciso traçar nova estratégia com o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para romper o ciclo da rebeldia aliada.
Ontem, apesar da pressão do Planalto, a maioria dos 17 partidos da base obstruiu a votação da Lei da Copa. Só PT, PSB, PCdoB e PP defenderam a votação. No fim do dia, Chinaglia cobrou responsabilidade dos aliados: Foi assinado um contrato. Por isso, o Brasil tem que respeitar. Não se pode ameaçar a Copa do Mundo por conta da votação do Código Florestal. Não dá para fazer essa vinculação entre as duas votações. Vamos administrar esse período, mas não há nenhuma tensão.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), justificou, sem convencer muito: Obstruímos para evitar que o governo fosse derrotado. Havia uma maioria silenciosa contra. Ou o governo seria derrotado ou tirariam o quórum. Evitei o vexame. Precisamos de tempo para construir um acordo e ter uma maioria barulhenta a favor. A base quer que o governo marque uma data para votar o Código Florestal antes de votar a Lei da Copa.
Em plena quarta-feira, quando normalmente as votações se estendem até tarde da noite, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou o fim da sessão às 17h30 e comunicou nova tentativa de votação na próxima semana. Mas a aposta é que votação só ocorra após a Semana Santa, em abril.
Pelos corredores, os insatisfeitos deputados da base aliada diziam que a paralisação das votações é uma forma de mostrar a Dilma que eles devem ser tratados com respeito.
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