Marcelo Sá Barreto
O Náutico entregou de bandeja, nesta quarta-feira (28/3) uma invencibilidade 30 partidas nos Aflitos. Desfalcado e sem peças de reposição à altura, Timbu caiu diante do Salgueiro por 1x0 – gol do volante Vitor Caicó, no Campeonato Pernambucano. Em todo confronto, os alvirrubros mostraram pouca força vencer e, depois, para virar em cima do Carcará. A equipe timbu, na quarta posição com 35 pontos, deixou o campo sob vaia e gritos de “Timinho! Timinho! Timinho!", da torcida. O time não vence há quatro rodadas. O Salgueiro, vice do Estadual, com 39, carimbou a sua sua presença nas semifinais.Nos dois tempos, o Náutico foi alvo de sua própria incapacidade de criar e arrematar de maneira correta para o gol. Vale adicionar, ainda, a pouca inteligência emocional nos momentos mais difíceis do confronto. O Salgueiro, por sua vez, limitou-se a jogar no erro do adversário e foi letal. Vitor Caicó ficou livre de marcação na entrada da área e chutou sem defesa. Curiosamente diante de uma equipe com três volantes em campo.
Era esperada mesmo uma partida dura para o Náutico ante o Salgueiro. Com quatro desfalques, o técnico Waldemar Lemos optou por entrar com três volantes e apostou em Philip para fazer as vezes de Eduardo Ramos, ausente pelo terceiro cartão amarelo. Embora se apresentasse compacto na frente e previlegiando a posse de bola, faltava aos alvirrubros o passe diferenciado. Aquele que colocasse um dos dois atacantes – Henrique e Dorielton – em boas condições para marcar. Isso não aconteceu.
O Salgueiro errava passes e não conseguia impor seu jogo coletivo. Até facilitava o toque dos alvirrubros e o trabalho da defensiva recifense. Mas, no primeiro erro do Náutico, aos 36 Vitor Caicó abriu o marcador.
O técnico Waldemar Lemos tentou mexer com seu time no segundo tempo. Acionou Marquinho, Berguer e Anderson. Até pelos nomes dos substitutos – e pelo futebol também, frise-se –, foi difícil acreditar que os alvirrubros pudessem mudar a sua postura. E não mudaram. Ao contrário, perdeu o pouco de consciência da etapa inicial. E passou a sufocar os adversários de maneira atabalhoada, no famoso “vamos que vamos”.
Perdeu sim algumas oportunidades com Dorielton, Jefferson e Ronaldo Alves, mas caiu no confronto vítima de um elenco que sobrevive de quatro ou cinco nomes. Muito pouco para um clube que está perto de disputar a final do Pernambucano e figurar bem na elite do futebol nacional.
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