Inaldo Sampaio
O PT continua incomodado com a aliança do governador Eduardo Campos
com o senador Jarbas Vasconcelos, inimigos figadais até o início deste
ano. Os petistas avaliam que ambos se reconciliaram com uma só
finalidade: deixá-los isolado na eleição do Recife. De certa forma isso é
verdade. Mas essa não foi a primeira vez, nem será a última, que
adversários políticos se reconciliam visando à conquista do poder. A
história está repleta de exemplos, inclusive aqui em Pernambuco.
Arraes, por exemplo, convidou para a sua chapa de senador em 86 o
ex-deputado Antonio Farias, que votara pelo seu afastamento do cargo no
dia 1º de abril de 64. Marco Maciel, por sua vez, negou-se a apoiar
Maluf, que era o candidato do seu partido a presidente da República em
1985, para se aliar a Tancredo Neves, que era o candidato da oposição. E
o próprio Jarbas quando quis ser governador de Pernambuco rompeu com
Arraes em 1992 e se aliou a Maciel, seu adversário histórico.
Trazendo os fatos para a cena atual, Lula se aliou a Maluf, em São
Paulo, para conseguir o apoio dele à candidatura de Fernando Haddad após
o PT tê-lo carimbado como símbolo nacional de político corrupto. Isso
prova que quando está em jogo a conquista do poder todos os políticos
são iguais. Eduardo Campos não precisava do apoio de Jarbas para eleger
Geraldo Júlio prefeito do Recife. Mas talvez precise do prestígio
nacional do senador para disputar a presidência da República.
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Igual você que agora apoia Ecleriston né Benone?
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