O deputado federal
e membro da comissão especial que está discutindo a MP dos Médicos na
Câmara dos Deputados, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), disse ontem (15),
em audiência pública na Associação Médica de Pernambuco, que três
pontos são inegociáveis na votação da medida: o Revalida, prova que
avalia conhecimento na profissão e de língua portuguesa; o vínculo
trabalhista e a exigência para que os profissionais estrangeiros sejam
submetidos ao controle dos conselhos de medicina.
“O governo errou
no diagnóstico e quer trazer médico sem avaliar se ele está preparado
para atender ao paciente. Você entregaria sua mãe ou seu filho nas mãos
de um médico sem saber se ele está capacitado?”, questionou Mandetta,
ressaltando que o Governo Federal precisa responder por erros médicos
que venham a ser cometidos por esses profissionais, que, segundo ele,
vão atender a população sem que sejam medidos seus conhecimentos.
De
acordo com o deputado, é importante a sociedade estar atenta para a
forma como o governo está tratando a vinda de médicos estrangeiros.
“Como bolsistas, sem vínculo empregatício e sem serem avaliados pelos
conselhos de medicina, no primeiro erro médico esses profissionais pegam
a mala e voltam pro país de origem.”
Mandetta
participou da audiência pública a convite do deputado federal Mendonça
Filho (DEM) e de entidades médicas como Cremepe, Sindicato dos Médicos,
Associação Médica e Associação dos Médicos Residentes.
Autor de
22 emendas à MP dos Médicos, Mendonça reafirmou a posição contra a
decisão do governo de não submeter os médicos estrangeiros ao Revalida e
a forma de contratação dos profissionais, que seria através de bolsas,
quando no Brasil, a contratação de médicos em cargos públicos é feita
através de concurso ou seleção simplificada.
Mendonça disse ainda
que é importante que os médicos se mobilizem mandando e-mails,
telefonando para os deputados e senadores, explicando aos pacientes e a
sociedade em geral que essa luta não é contra mais médicos e sim a favor
de soluções efetivas para a saúde publica no país. “De que adianta
mandar um médico para uma cidade e ele não ter como pedir um exame, não
ter remédio para dar ao paciente, nem ter condições de trabalho?”,
indagou o democrata.
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