Por Magno Martins
A
presidente Dilma Rousseff deu o aval ao ministro Aldo Rebelo (Esportes)
para tocar a proposta do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que anistia
os grandes clubes de futebol das dívidas que têm com a União.
A
conta para a Viúva chega a três bilhões de reais com INSS, FGTS e
Imposto de Renda. Dilma pediu que Rebelo defina com Cândido a melhor
maneira – via Medida Provisória ou Projeto de Lei. É uma boa notícia
para os clubes?
Certamente
que sim. Mas o problema é que os cartolas do futebol não param de
torrar dinheiro e de acumular novos prejuízos. Segundo levantamento
recente da Pluri Consultoria, os 23 clubes de maior faturamento do
Brasil tiveram um prejuízo acumulado de R$ 1,8 bilhão nos últimos seis
anos (2007-12), equivalente a 15% do faturamento bruto no mesmo período.
Apenas
cinco dos 23 clubes apresentaram lucro nos últimos seis anos. Os quatro
grandes cariocas são os campeões em perdas, com um acumulado de R$ 1,04
bilhão. Fica combinado o seguinte: podem continuar gastando, pagando
salários estratosféricos aos “Luxemburgos da vida”.
Porque,
daqui a quatro anos, na véspera da eleição de 2018, a pessoa que
estiver sentada na cadeira mais confortável do Palácio do Planalto dará
uma canetada e vai zerar tudo outra vez.
Enquanto
isso, no Nordeste os pequenos criadores e produtores, que perderam tudo
na seca, desde a lavoura às cabeças de gado, estão sem crédito na
praça, com dívidas executadas pela União.
É
que assim que Dilma trata o Nordeste: aos cartolas, tudo, buscando o
famigerado jeitinho brasileiro. Aos pobres produtores nordestinos, a lei
dura e implacável!
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