terça-feira, 12 de novembro de 2013

Impunidade é um luxo dessa nação corrompida

CARLOS CHAGAS
 Apenas em 22 quilômetros de uma das obras públicas que o Tribunal de Contas da União mandou interromper,  comprovou-se o superfaturamento de  91 milhões de reais.   A rodovia ligaria Porto Alegre a Sapucaia do Sul, a BR-448, imaginando-se quanto estará sendo superfaturado, e roubado, nos demais trechos  em construção.
A questão não é saber  se a paralisação de obras em andamento causa prejuízo à administração pública e às regiões onde   elas  vem sendo implantadas, mas verificar que nenhum ladrão responsável pela falcatrua  foi preso. Provavelmente, nem  será.
Cita-se apenas um exemplo entre centenas de outros espalhados pelo país para a confirmação de ser a impunidade o grande mal que nos assola. Entra governo, sai governo, o resultado é o mesmo: cadeia, só para ladrão de galinha. O conluio entre altos funcionários públicos  e empreiteiras constitui um dos maiores escândalos nacionais, baseado nos preços apresentados  acima do mercado,  no superfaturamento,  nos aditivos aos contratos e na má qualidade  da obra afinal entregue. Escapam muito poucos. A tentação é grande,  em especial quando entram governantes na equação,  reivindicando a sua parte.
Fazer o  quê? Dilma mostra-se  indignada, achando um  absurdo a paralisação das obras. O Tribunal de Contas da União carece de poder coercitivo. O Ministério Público não dispõe de estruturas para atuar na maioria dos casos, nem a Polícia Federal para investigá-los. O Poder Judiciário enfrenta um cipoal de recursos impossível de ser  desbastado. O resultado é essa nação corrompida.

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