O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elege nesta segunda-feira (13) a nova comissão da executiva nacional da legenda. A eleição, que incluirá a escolha do novo presidente nacional do partido, ocorre em meio a crise interna gerada por divergências no apoio do PSB à candidatura do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno da corrida presidencial.
Na última quinta-feira (8), após reunião da executiva do partido em Brasília, o PSB aprovou apoiar a candidatura de Aécio com votos favoráveis de 21 dos 29 membros votantes. Outros sete optaram por votar pela neutralidade, sem apoio a nenhum candidato, e um quis apoiar a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
Neste sábado (11), o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, publicou uma carta em sua página oficial na internet criticando a posição tomada pela maioria de seus correligionários da executiva nacional. Na visão dele, o PSB “jogou no lixo” o legado de seus fundadores ao optar pelo apoio a Aécio.
Mesmo afirmando ter votado pela neutralidade do PSB no segundo turno, Amaral disse acreditar que a candidatura da petista Dilma Rousseff seja “a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”. O presidente da sigla, que assumiu o cargo temporariamente após a morte de Eduardo Campos, disse que, ao apoiar Aécio, o partido “traiu o legado” do ex-governador pernambucano.
O PSB lançou para as eleições deste ano o nome de Eduardo Campos para disputar a Presidência da República, tendo como vice a recém-filiada Marina da Silva. O candidato, que foi presidente da sigla e governador de Pernambuco, morreu em acidente aéreo em agosto em meio à campanha eleitoral. Em seu lugar, o partido aprovou Marina como presidenciável e o deputado gaúcho Beto Albuquerque (PSB) como vice.
No último domingo (5), Marina deixou a disputa após ser a terceira mais votada, com 22.176.619 votos (21,32%). Dilma obteve 43.267.668 votos (41,59%) e o tucano, 34.897.211 (33,55%). Além do PSB, neste domingo (12) Marina também declarou seu apoio a Aécio. No sábado, a viúva de Campos já havia declarado, por meio de carta, seu apoio à candidatura tucana.
O PSB integrou a base aliada do governo petista tanto na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010) quanto no governo Dilma Rousseff. Em 2013, quando tinha o comando do Ministério da Integração Nacional e da Secretaria de Portos, o partido deixou a base para poder se preparar para lançar a candidatura de Campos à Presidência. Na ocasião, Campos, então presidente da sigla, destacou que a saída do governo não significava que o partido faria oposição ao governo Dilma.
G1
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