As razões e os porquês do Grupo de Lula Cabral dizer não a Jarbas
Por Paulo Farias do Monte
Em nome do Grupo político de Lula Cabral
Em nome do Grupo político de Lula Cabral
Não há fato isolado em política, nem seríamos grandes, se fizéssemos política com o fígado, como muitos.
Todavia, não há mais o voto vinculado e um líder pode até influenciar no voto, mas não faz bem, fazer os liderados deglutir um prato indigesto. Para nosso time, o prato indigesto tem o nome no cardápio e chama-se Jarbas Vasconcelos.
E eu direi as razões e os porquês.
Não se trata de veto, nem tão pouco uma atitude caprichosa. A política e as relações carecem de reciprocidade.
Em 1999, nosso líder e atual prefeito do Cabo, Lula Cabral, assumiu seu primeiro mandato como deputado Estadual.
Nesse ano, chegara à Assembleia as contas do ex-governador Miguel Arraes.
Lula Cabral não possuía qualquer relação com Miguel Arraes nem muito menos com Eduardo Campos.
Lula recebeu ordem palaciana (governo Jarbas) para votar pela reprovação das contas de Miguel Arraes, sem qualquer razão ou Justiça, apenas para impingir no velho Arraes a pecha de desonesto.
Eu mesmo, que a época era Chefe de Gabinete do deputado, conversando com Lula Cabral, senti nele o desconforto, vez que sempre ouvia de seu pai, o senhor Luiz Cabral, que Arraes era homem de bem, de honra e moral irreprochável.
Diante desse fato, o deputado Estadual Lula Cabral foi à Brasília e visitou os gabinetes de Arraes e Eduardo, já que ambos eram deputados Federais e disse a ambos que votaria pela aprovação de suas contas por uma questão de Justiça.
Arraes agradeceu e Eduardo Campos passou a nutrir grande amizade e consideração ao nosso prefeito. Fez-se Justiça e Arraes, que entrou pela porta que saiu, também saiu da política e da vida sem nenhuma mácula.
A Assembleia legislativa fez Justiça e as contas do velho mito foram aprovadas.
Depois disto, Jarbas nunca mais aceitou Lula Cabral e, em 2000, mesmo sendo candidato a prefeito do Cabo pelo PMDB sofríamos boicotes do partido e dele, que sequer vinha ao Cabo e nos dava qualquer apoio, nos preterindo por nossos adversários, tudo pelos sentimentos mesquinhos do ódio e da vingança.
Em fim, em 2004, Lula Cabral fora eleito Prefeito do Cabo e, entre 2005/2006, estivemos na Prefeitura e Jarbas como Governador do Estado. Nada era enviado para o Cabo. Nunca fomos recebidos em Palácio.
Nem as relações institucionais entre os municípios e o Estado mantinham-se saudáveis, para beneficiar o povo do Cabo. Ninguém mora no Estado e, sim, nos municípios e, seja qual for o lado dos políticos, os interesses do povo tem que estar acima das questiúnculas.
Nas nossas campanhas, no Cabo, Jarbas e Henry sempre aliaram-se aos nossos adversários. Como se não bastasse, eles sempre vieram com discursos odientos e agressivos, inclusive contra a nossa honra e idoneidade.
Até mesmo em 2016, mesmo depois que Eduardo Campos ajudou na sua ressurreição política, mesmo assim, veio ao Cabo junto com Raul Henry (vice de Paulo) atacar o candidato do PSB.
Como deputado Federal, mesmo sendo bem votado no Cabo, Jarbas nunca mandou um centavo para nosso município.
Um líder não pode impor nada aos seus liderados. Ele atua sempre no convencimento. E nós que integramos o grupo de Lula Cabral temos um grande respeito por ele e por ele somos respeitados. Não aceitamos o nome de Jarbas para Senador. Não nos sentimos bem ao lado dele.
São essas as razões e os porquês que nosso grupo não votará no candidato Jarbas Vasconcelos para o Senado.
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