O senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco Armando Monteiro Neto (PTB) deu mostras, em sabatina realizada pela Rádio Jornal nesta quinta-feira (9), de como vai reagir às críticas do governador Paulo Câmara (PSB). O parlamentar prometeu relembrar os elogios do ex-governador Eduardo Campos a ele quando os dois pertenciam ao mesmo palanque nas eleições de 2010 como forma de rebater as declarações dos adversários nesta campanha.
“Por que Eduardo Campos me recebeu no palanque dele em 2010 e pediu no estado inteiro o voto para mim? Por quê? Por que é brincadeira de filho de rico se ele foi ele que me trouxe para o palanque dele e percorreu Pernambuco dizendo que eu era a melhor opção para representar Pernambuco no Senado?”, questionou. A fala do senador fez referência a uma declaração feita por Eduardo Campos para cutucar o petebista em que dizia que “governar Pernambuco não é brincadeira de filho de rico”.
O pré-candidato ao Palácio das Princesas pela segunda vez disse ainda que a frase de Eduardo foi “uma mancada” do ex-governador porque ele estaria incomodado, segundo o petebista, com a liderança de Armando nas pesquisas de intenção de voto, superando o então candidato Paulo Câmara (PSB) nas eleições de 2014. Os dois reeditam a disputa que foi ganha por Paulo no primeiro turno. Segundo Armando, os elogios de Eduardo são “fartos” e que a cutucada foi um “mero jogo eleitoreiro” na época.
Armando Monteiro rompeu com Eduardo Campos para sair candidato a governador em 2014. Os dois integravam a chapa majoritária que venceu as eleições no estado em 2010. Eduardo como postulante ao governo, Armando ao Senado junto com o hoje senador Humberto Costa (PT), que acabou retornando à Frente Popular neste ano com o acordo fechado com os socialistas. O petista vai disputar a reeleição para a Casa Alta junto com o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que, em 2010, disputou o governo contra Eduardo.
Reforma trabalhista
Questionado pelos ouvintes sobre o seu voto a favor à reforma trabalhista, aprovada no ano passado, o senador disse que vota “sempre pensando no melhor”, mas que não tem problema em reconhecer mais tarde se acabou cometendo um erro ao encampar a proposta. O pré-candidato ao governo defendeu que a reforma não tirou “nenhum direito” e que fez reduzir a informalidade e estimulou a geração de empregos. O voto favorável ao projeto está servindo de “munição” até para os que há pouco tempo eram aliados, como o PT.
“O povo sabe que muita gente trabalha sem direito algum. Não cabe fazer ajustes ao longo do tempo na legislação?”, indagou.
Segurança pública
O senador petebista voltou a criticar a gestão de Paulo Câmara na segurança pública e disse que o Pacto pela Vida é uma “marca mal gerida”. Para o parlamentar, os números na área alardeados pelo governo são “estatísticas da incompetência”.
“É uma tragédia, o importante é a prevenção, é importante articular com municípios e comunidades, é no município o território da criminalidade. Vamos estimular conselhos de segurança, fortalecer a polícia rural investindo nessa área, e inteligencia. É preciso colocar mais dinheiro em sistemas de georreferenciamento, acompanhamento e refazer o Pacto Pela Vida que hoje é uma marca mal gerida. Vamos estimular integração policial, valorizar o profissional da área de segurança”, afirmou
Blog de Jamildo
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