Estadão Conteúdo
A cúpula do PSDB vai pressionar o senador Aécio Neves (MG) a se afastar do partido, mesmo que temporariamente. Uma das ideias em estudo para evitar a expulsão de Aécio, eleito deputado federal, é que ele peça uma licença partidária. Em conversas reservadas, dirigentes tucanos avaliam que, se ele não fizer isso, acabará sendo obrigado a deixar a sigla.
As delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos do grupo J&F também indicam o pagamento de uma “mesada” de R$ 50 mil ao senador. Aécio nega e diz não poder aceitar que “delações de criminosos confessos e suas versões se sobreponham aos fatos”.
Nos bastidores, deputados do PSDB asseguram que, se alguma representação contra Aécio der entrada no Conselho de Ética do partido, a tramitação será muito rápida e a expulsão, bastante provável porque os tucanos querem mostrar à sociedade que não compactuam com malfeitos.
Diante desse cenário de revolta na bancada do PSDB, aliados de Aécio propõem como alternativa a licença partidária para que ele possa se explicar, evitando mais uma “contaminação” da legenda. A situação do senador é considerada “crítica” até mesmo por seus amigos.
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