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Em uma entrevista bombástica, à rádio Cultura FM, de Guarabira, nesta quinta-feira (12), o ex governador Ricardo Coutinho (PSB) quebrou o silêncio e detonou os socialistas que já se manifestaram contrários à escolha do seu nome para comandar o partido na Paraíba.
Enfático, o socialista afirmou que sua escolha para presidência do partido foi uma decisão da executiva nacional com o objetivo de reconstruir o partido.
O partido estava perdendo o ritmo e burocratizado. Quem estava à frente não tinha mais nesse ânimo e, ao assumir uma vaga no governo, teria que renunciar. É claro que não pode ser secretário do governo e continuar como presidente do partido, porque são coisas diferentes. A maioria do diretório achou que isso não seria compatível e que eu deveria reassumir para o PSB tomar fôlego. Então, não entendo por que é que alguns, de forma ingrata, desleal, não concordam com meu nome – disse.
Ricardo contou que entre os deputados que se posicionam contra ele, há alguns que não queriam o atual governador na disputa pelo cargo em 2018, “afirmando que João não decolaria. E eu sustentei a pisada e hoje estão aí, falando para naturalmente envolver e controlar o governo”.
Em tom de desabafo e sentindo-se contrariado, ele disse ainda que muitos dos que estão se posicionando contra devem a ele a ascensão como deputado estadual.
– Tem algumas personalidades que hoje estão falando de forma tão cheias de poder, que na verdade devem a escalada a mim, porque se não fosse a minha intervenção e determinação, muitos não estariam nem como deputado. Teve alguns que disputaram em outro esquema, que faziam papel de bobo da corte e que não passavam de 4 mil votos, e só foram eleitos comigo, e hoje abrem a boca para ter uma postura raivosa contra mim. Muitos que galgaram espaços na política foi em função da minha intervenção – desabafou.
Ainda na entrevista, Ricardo ainda disse que, antes de deixar o Governo do Estado, alertou o ex-presidente Edvaldo Rosas (PSB) sobre a necessidade de cuidar do partido, estruturá-lo, sobretudo para as eleições 2020, mas nada foi feito.
– Antes de sair eu tinha dito a ele. Edvaldo, tem que cuidar do partido. Nós vamos ter eleições em 2020, nem coligação na proporcional via ter mais, então é preciso dizer como é que vai ser isso, enfim, estruturar o partido. Nada foi feito-, alertou.
Coutinho esclareceu ainda que não houve golpe, tampouco intervenção e que a saída de Rosas da presidência se deu, tão somente por conta da incompatibilidade nas prioridades das funções
-Nós percebemos que quando Edvaldo foi chamado para a secretaria que seria natural ele se licenciar do cargo de presidente do partido, porque seria incompatível. Imagine chegar os prefeitos da região, propor uma agenda com o governador, que é natural isso, e, ao propor isso, a quem o presidente representaria? O partido ou o governo? É claro que seria o governo. Então quando ele assumiu quis ficar no partido e no governo e, com isso, o partido estaria cada vez mais atrelado a uma forma a não crescer politicamente. Então a maioria do diretório em um ato democrático corajoso renunciou. A renúncia é um ato irrevogável. Não houve golpe nem intervenção e como a maioria renunciou, a executiva nacional, por unanimidade, me deu a tarefa, o trabalho, de reorganizar o partido visando as eleições-, arrematou.
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