Por Magno Martins
Joaquim
Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, carrasco dos
mensaleiros, foi a um sambão no Rio, onde rompeu o ano, com cara de
presidenciável. Ao ter seu nome anunciado ao público recebeu mais
aplausos do que vaias. Não há um homem público que escape a uma vaia,
mesmo estando no ápice da sua popularidade.
Lula
inventou de ir ao Maracanã depois de reeleito, e, a exemplo de Joaquim,
foi também vaiado, embora os aplausos tenham sido ouvidos com
sonoridade maior. Joaquim está acima do STF, porque as instituições no
Brasil andam desgastadas, algumas falidas, como o Congresso.
Por
isso mesmo, onde quer que chegue é tratado como herói, um grande
benfeitor, que mandou os mensaleiros ao xadrez ver o sol nascer
quadrado. Longe, entretanto, disso representar uma aspiração ao cargo
maior do País.
Joaquim
não tem jogo de cintura para política. É, na verdade, um tremendo pavio
curto. No exercício da presidência do STF agrediu ministros colegas,
mandou um jornalista para aquele lugar e perseguiu a sua mulher, também
jornalista, servidora de carreira da justiça brasileira.
Áspero,
temperamental e deselegante, Barbosa está no auge da sua popularidade
porque enfrentou uma quadrilha e venceu. Mas a cadeira do Planalto não
está reservada a heróis nem benfeitores da humanidade, mas a grandes
gestores, verdadeiros estadistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário