Por Magno Martins
No
cenário em que está sendo desenhado para as eleições em Pernambuco não
haverá segundo turno para governador. O pleito deve ser decidido logo no
primeiro turno por uma razão muito simples: está fora de cogitação o
surgimento de uma terceira via.
De
um lado, as forças governistas, capitaneadas pelo governador Eduardo
Campos, marcharão unidas com o nome do secretário da Casa Civil, Tadeu
Alencar. Há de fato resistências, inclusive familiares, a Tadeu, mas o
governador deve conduzir o processo com absoluto sucesso.
De
outro, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) já arrebatou o coração de
Lula e Dilma para levar o PT ao seu palanque. Com o PT aliado a Armando,
cai por terra um terceiro candidato a governador, no caso o deputado
João Paulo, que estava louco para entrar na disputa.
O
hoje governista PSDB também poderia projetar uma candidatura própria,
como ainda admite o senador Aécio Neves, mas o presidente estadual da
legenda tucana, Sérgio Guerra, já bateu o martelo com Eduardo e apoiará o
nome que ele indicar.
Sendo
assim, no mano a mano entre Tadeu e Armando, o que assistiremos será um
embate entre o governador, Lula e Dilma, contando com a forte
disposição do ex-presidente, que está desapontado com o ex-aliado.
Por
diversas vezes, Lula já repetiu que virá a Pernambuco quantas vezes for
necessário ao longo da campanha para tentar impor uma derrota histórica
ao ex-aliado Eduardo. A eleição para governador pode se transformar,
portanto, num duelo entre Eduardo e Lula, os dois grandes protagonistas.
Vitorioso
com Armando, Lula não terá elegido um poste, porque, além de senador e
ter uma trajetória política, com destaque no plano nacional, o
trabalhista lidera todas as pesquisas de intenção de voto para
governador.
No
caso do inverso, ou seja, uma vitória de Tadeu, aí, sim, o governador
pode entrar para a história como maior fenômeno eleitoral do País:
emplacar dois postes – o primeiro no Recife e o segundo, dois anos
depois, no Estado.
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