A 12 dias do término do ano parlamentar, a Câmara praticou o primeiro ato da próxima legislatura, a ser inaugurada em fevereiro de 2015. Os deputados passaram na lâmina o mandato do deputado paranaense André Vargas, o ex-petista que manteve uma amizade monetária com o doleiro Alberto Youssef. Com isso, os parlamentares inauguraram a fila da Operação Lava Jato, que levará ao cadafalso dezenas de deputados e senadores no ano que vem.
Dos 513 deputados, estavam presentes no prédio da Câmara 418. No plenário, o painel eletrônico registrou 359 votos a favor da cassação, um contra e seis abstenções. Quer dizer: nada menos que 147 deputados não se dignaram a dar as caras. Desse total, 52 estavam na Casa. Mas preferiram o refúgio do gabinete à vitrine do plenário.
Supremo constrangimento: até a liderança do PT, partido que manobrou no subsolo para retardar o julgamento de André Vargas por oito meses, recomendou à sua bancada, no microfone, o voto “sim” à cassação do companheiro.
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