Neste 21 de abril de 2015 completam-se 30 anos da morte do primeiro presidente civil, depois da ditadura militar, eleito indiretamente para fazer a transição do regime autoritário para o regime democrático: Tancredo Neves.
Tido como fundador da “Nova República”, ele largou o Governo de Minas em abril de 1984 para disputar a presidência da República contra o deputado Paulo Maluf (PP), que era o candidato dos militares.
Como a eleição era indireta (colégio eleitoral), Tancredo buscou legitimar-se nas ruas, participando de grandes comícios em quase todas as capitais do Brasil. O comício do Recife foi na praia de Boa Viagem e contou com a presença de um dissidente do regime: o então governador Roberto Magalhães.
Magalhães participou atividade das articulações políticas para levar outros governadores do seu partido (PSD) para o palanque de Tancredo e foi bem sucedido.
Segundo contou ao JC, o vice da preferência de Tancredo não era José Sarney e sim o senador pernambucano Marco Maciel, mais palatável que o político maranhense.
No entanto, com receio de que sua candidatura fosse impugnada pelos militares, Marco Maciel desistiu da candidatura e apoiou José Sarney (ambos pertenciam ao PSD).
Tancredo tomaria posse no dia 15 de março de 1985. Na véspera, porém, após assistir a uma missa no Santuário Dom Bosco, em Brasília, passou mal e foi internado às pressas no Hospital de Base.
No dia 21 de abril de 1985 viria a falecer no Instituto do Coração, em São Paulo, sem ter sentado na cadeira de presidente. Quem cumpriu integralmente o mandato que lhe pertencia foi José Sarney.
Tinha 75 anos e morreu no mesmo dia do seu conterrâneo ilustre: Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”.
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