Coluna do Estadão- Andreza Matais
Investigadores da Registro Espúrio, que apura esquema no Ministério do Trabalho, estão atentos às movimentações da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) também no Ministério da Cultura (Minc). Ela foi alvo da segunda fase da operação sob suspeita de participar de supostas fraudes em registros sindicais. O elo entre as duas pastas está na indicação de Júlio de Souza Bernardes, preso ontem na terceira fase. Conhecido como Canelinha, antes de assumir a chefia de gabinete do Ministério do Trabalho, ele foi o representante do MinC no Rio também indicado pela deputada.
Com a transferência de Canelinha para o Ministério do Trabalho, quem assumiu a representação da pasta da Cultura no Rio foi Matheus Ribeiro. Ele é outro apadrinhado da parlamentar.
Cristiane Brasil, por meio da assessoria, confirmou ter feito as indicações, mas negou se tratar de ingerência no MinC. Defendeu que “a criminalização da política sem a devida fundamentação jurídica não contribui para o combate à corrupção”.
O Planalto decidiu nomear rapidamente Eliseu Padilha como ministro interino do Trabalho para evitar que a crise gerada pela terceira fase da Operação Registro Espúrio se estendesse. Aprendeu a lição após a novela da indicação de Cristiane Brasil.
O anúncio de que Eliseu Padilha vai acumular a Casa Civil com a pasta do Trabalho seria feito apenas hoje, mas precisou ser antecipado após o blog da Coluna do Estadão revelar a escolha.
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