Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo
Parlamentares que trabalham para derrotar Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pelo comando do Senado aproveitaram a entrada oficial de Simone Tebet (MDB-MS) no páreo para dar tração a estratégia que pode ampliar a divisão no MDB. Eles aventam a possibilidade de, caso Tebet vença a disputa interna no partido, convencer os demais pré-candidatos a abdicarem do pleito em favor dela. Dos seis nomes que estão colocados, o que mais resistiria ao gesto é Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Nome do PSL na disputa pelo comando do Senado, Major Olímpio (SP) já havia defendido um acerto deste tipo em entrevista à revista Época. A confirmação de que Tebet vai mesmo travar uma batalha interna pela indicação do MDB só ampliou a articulação, que agora envolve outros partidos.
O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) estava se movimentando em busca de um nome de consenso para se contrapor a Renan, mas se recolheu depois que seu recurso ao STF contra a investigação sobre as movimentações financeiras de seu ex-motorista Fabrício Queiroz veio à tona.
Aliados de Tebet têm propagado uma conta otimista. Dizem que ela tem hoje apoio de 7 dos 12 senadores que compõem a bancada do MDB. Partidários de Renan rebatem. Se fosse isso, explicam, era só ela fazer circular um abaixo-assinado e a coisa estava liquidada.
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