O atentado a Cid em Sobral
Exatamente um ano após o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), vencer a batalha contra o crime organizado, o que motivou cenas brutais de violência em Fortaleza e no Interior, o senador Cid Gomes (PDT), que antecipou Camilo no cargo e o elegeu governador, se envolveu, ontem, numa guerra campal contra policiais militares em greve, com desfecho dramático, levando dois tiros.
O senador pilotava uma retroescavadeira e tentava furar um bloqueio feito por policiais militares no Batalhão da Polícia Militar em Sobral (CE). Cid Gomes, que está licenciado do mandato de senador, organizava um protesto contra um grupo de policiais que tentava impedir o trabalho da Polícia Militar. Ao longo do dia de ontem, policiais esvaziaram pneus de carros da polícia para impedir que agentes de segurança atuassem nas ruas.
Inicialmente, foi divulgado que o senador havia sido atingido por bala de borracha, mas, na verdade, foram dois tiros, um no tórax e outro na clavícula. Em frente ao bloqueio dos policiais, utilizando uma retroescavadeira, ele pediu que os policiais deixassem o local: “Vocês têm cinco minutos pra pegarem os seus parentes, as suas esposas e seus filhos e sair daqui em paz. Cinco minutos. Nem um a mais”, afirmou Cid, utilizando um megafone. Ainda em Sobral, policiais ordenaram que comerciantes fechassem as portas do Centro da cidade.
As informações de que Cid não corre risco de vida, confirmadas pelo ex-ministro Ciro Gomes, irmão dele, trouxeram tranquilidade aos familiares, mas o atentado chocou o País. Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que acompanhou o caso “com preocupação” e solicitou informações para garantir a segurança. Em sua conta oficial no Twitter, Ciro Gomes, por sua vez, escreveu que o irmão não corre risco de vida e pediu que as autoridades responsáveis “apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei”.
Blog do Magno
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