sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Servidores do Município de Patos decidem por greve a partir do dia 6 de março


Em assembleia geral extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira, dia 27, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Patos (ACIAP), os servidores públicos municipais de Patos, que são filiados ao Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de zero hora do dia 6 de março de 2020.
O prefeito interino de Patos, Ivanes Lacerda (MDB), desde o primeiro dia que assumiu, de acordo com os dirigentes sindicais, teve como meta atacar e retirar direitos conquistados pelos servidores municipais, além de negar condições dignas de trabalho, não fornecendo o Equipamento de Proteção Individual (EPI), expondo os servidores a adquirem doenças, pois trabalham em locais insalubres. O gestor fez decretos suspendendo férias, pagamento de um terço, licença prêmio, licença para tratar de interesses particulares, para fazer especialização, mestrado, doutorado, desta forma, prejudicando os servidores.
Apenas nas categorias da saúde são mais de 600 servidores prejudicados com a não implantação das progressões horizontais e verticais. Sem contar com a falta de EPI. O adicional noturno que era de 25% sobre o salário base, foi reduzido a pagamento por horas e várias ações tramitam na justiça.
Os professores e demais servidores não receberam um terço de férias, gozadas no mês de janeiro do corrente. Professores ativos e aposentados não receberam os 12,84% do reajuste do piso nacional do magistério. Aposentados que ganham acima do salário mínimo, que não são professores e tem direito a 4,48% de reajuste salarial a gestão também se nega a implantar.
Na assembleia também analisaram as transferências irregularidades de servidores de uma secretaria para outra, infringindo os editais dos concursos e o estatuto do servidor público municipal. A questão do assédio moral e as alterações das jornadas de trabalho também foi pauta de discussão e gerou revolta.
Diante de toda essa situação e a falta de diálogo e solução por parte do prefeito interino, os servidores decidiram fazer greve como única ferramenta de luta no momento. Para a presidente do SINFEMP, Carminha Soares, a gestão se nega a negociar e atender de fato as reivindicações dos servidores.
O sindicalista José Gonçalves, afirmou que os servidores de Patos estão resistindo a uma verdadeira ditadura do gestor interino de Patos. “Essa gestão está marcada pelo ataque, a retirada de direitos, as perseguições aos servidores municipais e a melhor resposta é a luta, a greve, por tempo indeterminado”, disse Gonçalves.
Jozivan Antero – Patosonline.com
Com informações do SINFEMP

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