O líder dos Democratas na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA), apresentou requerimento pedindo a criação de uma Comissão Geral para discutir a questão do salário mínimo. Essa iniciativa possibilita que o Plenário da Casa se transforme em um ambiente de debate entre vários setores da sociedade e com os parlamentares. “Queremos ouvir os sindicalistas e o governo para que possamos adotar um salário mínimo que garanta um aumento real, mas que não comprometa os cofres públicos. Temos que ter uma atitude responsável”, disse o deputado baiano. Neto acrescentou que o partido não vai aceitar nenhuma medida que desvie o ponto central do debate. “Rechaçamos todas as manobras do governo que prejudique o trabalhador”, ressaltou o deputado. Ele lembrou que os Democratas iniciaram o debate sobre o assunto esta semana e que o partido vai adotar um valor das emendas apresentadas. “R$ 545 é pouco, estamos entre R$ 565 e R$ 580, tudo vai depender do debate”, ressaltou. ACM Neto acredita que esse debate é “fundamental” para a Câmara, uma vez que questões relacionadas a impactos do reajuste do salário mínimo no Orçamento da União e no crescimento econômico devem ser discutidas com especialistas, governo e representantes sindicais. “Um debate desapaixonado e fundamentado tecnicamente propiciará que a Casa se posicione em relação ao assunto de forma responsável”, afirmou. Desde o dia 1º de janeiro, por meio da Medida Provisória (MP) 516/2010, o governo do PT estabeleceu o salário mínimo de R$ 545,00. Para isso, o Planalto levou em consideração o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 e 2010, sendo que o do primeiro ano foi negativo. Isso fez com que os trabalhadores e aposentados não tivessem um ganho real. DEMOCRATAS |
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