Débora Duque
Sem acordos ou concessões, os oposicionistas emitiram mais um sinal de completo fracionamento na disputa pela Prefeitura do Recife. Em Brasília, o deputado federal Raul Henry (PMDB) chamou Mendonça Filho (DEM) para uma conversa a fim de aliviar o clima tenso que havia pairado sobre os dois desde que a candidatura do peemedebista – considerada incerta até um mês atrás – ganhou um “novo fôlego” e começou a ser consolidada. O encontrou serviu para distensionar a relação entre os aliados, mas manteve distante qualquer possibilidade de aliança. Ao menos, por enquanto.Em tom uníssono, os dois protagonistas da reunião, da qual também participou o deputado federal Augusto Coutinho (DEM), frisaram que a “tendência” é de que a oposição lance quatro candidaturas. E, embora não tenham descartado completamente as chances de haver uma composição, nenhum deles mostrou-se flexível a abrir mão de suas respectivas postulações. O que ficou garantido, apenas, foi a unidade num eventual segundo turno.
Ambos também fizeram questão de rechaçar qualquer abalo na relação política e pessoal mantida por eles. “Foi uma conversa entre dois amigos que construíram uma amizade no ambiente competitivo da política. Cada um assumiu sua disposição de ser candidato e vamos continuar conversando de forma respeitosa, como sempre fizemos”, minimizou Henry.
O discurso do peemedebista foi reforçado por Mendonça que, sem citar nomes, chegou a apontar, há dois dias, a existência de um “jogo de bastidor” com o objetivo de “macular” sua candidatura. Ontem, o democrata mostrou-se tranquilo e reforçou sua intenção de participar do pleito municipal, apesar dos rumores de que o próprio partido não estaria incentivando sua postulação. “Vou construir minha candidatura mantendo um diálogo de alto nível. Até porque a oposição, se quiser ter chance de sucesso, tem que manter uma convergência mínima. Agora, eu não tenho comando sobre ela e não posso determinar o caminho de A ou B”, destacou.
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