Com gols de Lenon e Rodrigo Tiuí, Náutico vence o Central por 2 a 1 em Caruaru

O início parecia promissor. Com um time misto, o Náutico subiu ao gramado do Lacerdão, em Caruaru, disposto a quebrar a sequência de sete jogos sem vencer. Tocando bem a bola e apostando na velocidade, o Timbu conseguiu envolver o Central e marcar duas vezes nos oito primeiros minutos de partida. O ímpeto alvirrubro, no entanto, não foi muito além disso. A apatia que se seguiu, já observada no duelo com o Fortaleza, voltou a vitimar a equipe, que sofreu um gol aos 37 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, o clube de Rosa e Silva mal chegou à área adversária, mas, graças à falta de pontaria dos alvinegros, quebrou o incômodo jejum.

Investindo na movimentação e no toque de bola, o Náutico foi arrasador nos minutos iniciais da partida. Tanto que, logo aos quatro minutos, o atacante Rodrigo Tiuí recebeu a bola na entrada da área e, de costas para os zagueiros, tocou bem para Lennon. De cara para o gol, o volante alvirrubro só precisou tocar com categoria, no canto direito do arqueiro Elias. Dois minutos depois, foi a vez de o próprio Tiuí marcar. Ao receber um bom passe do estreante Ramon, que substituiu Eduardo Ramos na armação, o atacante alvirrubro bateu bonito no canto superior esquerdo da barra. Aparentemente, o 2 a 0 acomodou a equipe alvirrubra, que recuou e passou a assistir ao Central jogando. A posse de bola acabou beneficiando a Patativa, que criou boas oportunidades, principalmente com o atacante Tiago Silva, destaque do time na partida. Foi dos pés dele, aliás, que saiu o primeiro gol dos mandantes, aos 37 minutos. Após cruzamento, a bola ficou viva na área, a zaga do Náutico falhou e o jogador bateu fraco no canto esquerdo de Gideão, que sequer tentou defender.

Na sequência do primeiro tempo, o Central continuou criando mais e quase chegou ao empate em uma bicicleta do atacante Peixoto. Gideão tocou na bola e deu o escanteio para a Patativa. Os alvinegros ainda reclamaram da não marcação de dois pênaltis. Em um dos lances, a bola explodiu em Elicarlos e a torcida pediu toque de mão. No outro, Tiago Silva foi derrubado na área. No segundo tempo, o jogo ficou bem mais truncado, com muitas disputas pela bola e poucas jogadas de habilidade. Apagado, Siloé foi substituído por Eduardo Ramos, e o Náutico ganhou em toque de bola. Mas, em um contra-ataque, a zaga timbu voltou a cochilar e viu Tiago Silva receber livre, de cara para o gol. Para a sorte dos alvirrubros, o atacante demorou para agir e foi desarmado por Gideão, que quase saiu da grande área para fazer a defesa.

O susto não acordou o Náutico, que continuou sem criar oportunidades. Enquanto isso, o Central apostava na velocidade dos laterais para chegar ao ataque. Os chutes dos alvinegros, entretanto, deixavam a desejar: ou iam direto para fora ou paravam nas mãos de Gideão, um dos poucos alvirrubros que jogaram bem. Com a falta de pontaria, a Patativa acabou sem encontrar o segundo gol e o Timbu, mesmo sem jogar bem, livrou-se da oitava partida sem vitória. O jejum foi quebrado, mas o futebol do time de Conselheiro Rosa e Silva, mais uma vez, não convenceu.