Por Marcos Oliveira e Ulysses Gadelha
Do Jornal do Commercio desta terça-feira (15).
Do Jornal do Commercio desta terça-feira (15).
O
Ministério Público Eleitoral (MPE) formalizou, ontem, o pedido de
impugnação de 11 candidatos proporcionais para as eleições deste ano com
base na Lei da Ficha Limpa, todos por contas rejeitadas pelo Tribunal
de Contas do Estado (TCE). Mas o número de “fichas sujas” pode subir
para 17, já que outros seis candidatos a deputado estadual figuram na
lista de pendências do TCE (confira na arte).
O
MPE prometeu para hoje fechar a lista dos pedidos de impugnação. Ontem,
a assessoria da instituição advertiu que pode haver mais nomes a serem
divulgados, após os procuradores encerrarem o levantamento das
candidaturas com pendências. Além das contas rejeitadas, outros
critérios podem pesar para o pedido de inelegibilidade, como o caso de
condenação judicial em segundo grau por improbidade administrativa.
Entre
os nomes impugnados pelo MPE, três já exercem mandato na Assembleia
Legislativa e tentam a reeleição. O vice-líder da bancada do PT, Odacy
Amorim, pode ser excluído da disputa por estar citado em quatro
processos de rejeição de contas. Os deputados Rildo Braz, líder do PRP, e
Everaldo Cabral (PP) tiveram, cada um, duas contas rejeitadas.
Tendo
por base a lista com os que tiveram suas contas rejeitadas,
disponibilizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo TCE, a
reportagem do JC cruzou os nomes implicados com os registrados no site
do TRE-PE: 16 candidatos que apareceram como “fichas sujas” estão
pleiteando o cargo para deputadoestadual e um, para deputado federal.
A
partir dessa listagem feita pelo TCE, o MPE pede a impugnação do
candidato com base na lei da ficha limpa. Caberá ao desembargador do
Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) que assumir a relatoria do caso
decidir se acolhe o pedido ou não.
Todos
os nomes listados foram procurados pelo JC, mas apenas o ex-prefeito de
Petrolina Odacy Amorim retornou. Eleito deputado em 2010 com 43.104
votos, o petista afirmou que os quatro processos referem-se a uma mesma
auditoria de 2007 na Câmara de Petrolina, e que nela não foiconstatada
desvio de dinheiro público.
“Essa
investigação ocorreu em 2007 e teve como alvo o ano de 2001, quando eu
era vereador por Petrolina. Foi tudo uma questão formal de como seria a
contratação de uma empresa para a locação dos carros usados pelos
vereadores e quais o locais destinados para o reabastecimento. Não vejo a
hora de tudo serrealmente esclarecido”, informou ele, que afirmou ainda
não temer ter a candidatura impugnada.
Na
lista dos “fichas sujas” há vereadores e ex-vereadores de Jaboatão dos
Guararapes, Goiana e Camaragibe, além de ex-prefeitos de Serra Talhada,
Carnaíba e Pesqueira.
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