O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é destaque de capa da
revista ISTOÉ que circula nas bancas neste final de semana, numa longa
entrevista, na qual discorre sobre todos os aspectos da vida econômica e
política do país, no passado e atual. Para ele, não é estimulante o
quadro atual do país nesse aspecto: 'Há uma fadiga em relação ao
governo', 'existe um mal-estar no país', '., o Lula não perdeu
popularidade mas perdeu a credibilidade. O mensalão arranhou muito.’’. E
o mensalão mineiro, que atingiu quadros do PSDB? Teve pouca
repercussão. ‘’E, por outro lado, o Eduardo Azeredo é um cara correto.’’
Eis alguns tópicos do que disse Fernando Henrique na entrevista a Sérgio Pardellas, da ISTOÉ:
’’O
Vou ser sincero: há dois anos eu não acreditava na possibilidade de uma
derrota eleitoral do governo. Hoje eu acho possível transformar esse
mal-estar em algo que tenha consequência eleitoral.’’
‘’O
Bolsa Escola fui eu que fiz, copiando o exemplo de Goiás, com Marconi
Perillo, para dar cidadania e entregando os recursos para a mulher. Foi
decisão do meu governo.’’
‘’O
Fome Zero do Lula ficou um ano sem sair do papel. Depois eles
perceberam que era melhor pegar o plano anterior, que era o das Bolsas.
Não houve mudanças radicais quando mudou o governo.’’
‘’O
Aécio não vai mexer na política do Bolsa Família. O que deverá fazer é
aumentar o mercado de trabalho. Acompanhar a pessoa que é assistida até
ter o emprego, como ocorreu no Chile. O ideal é que as pessoas não sejam
dependentes. O Bolsa Família é uma solução de emergência, necessária,
mas não para o futuro.
‘’Sempre
lutamos para tirar qualquer partido de dentro das empresas. A
Petrobras, por exemplo. Nunca pensamos em privatização. É mentira. Nem
se cogitou. Queríamos a competição e tirar a influência partidária. O
mesmo com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.’’
‘’Há
uma fadiga em relação ao governo. Bem, também existe a fadiga da classe
média em relação ao PT. Sobretudo em São Paulo. É assustadora essa
rejeição de 47% no Estado e 49% na cidade.’’
‘’Para
vencer, precisamos consolidar o peso que temos por aqui e reduzir a
diferença no Norte-Nordeste. No Estado de São Paulo, o Aécio ganha no
segundo turno e, na cidade, no primeiro turno. No Sul, a gente ganha. Na
Bahia, estamos razoavelmente bem. Em Pernambuco, o Eduardo Campos,
candidato do PSB, vai tirar votos da Dilma. No Ceará, fizemos acordo com
Tasso Jereissati e Eunício Oliveira, do PMDB. E temos as prefeituras de
Maceió, Teresina, Belém, Manaus, algo que nunca tivemos. Por isso, a
chance de ganhar aumentou.’’
''O
Aécio explicou que a construção (do aeroporto em terras de seu tio em
Minas) se fez em área já desapropriada e pertencente ao Estado de Minas e
que seu tio-avô contesta o valor da desapropriação. Se é isso, qual a
acusação? Se há denúncia, que haja apuração, mas não creio que isso
arranhe a candidatura.’’
''Quem
chamou a elite branca para lá (abertura da Copa)? Foi o governo. Sobre
os xingamentos, a mim me chocou. Soube, depois, que o que disseram para a
Dilma se tratava de um bordão comum nos estádios de futebol. Bem, de
qualquer maneira, ir ao estádio é chamar vaia. Qualquer governante. Nas
atuais circunstâncias, mais ainda. Mas não é algo isolado: um candidato
com 47% de rejeição não pode dizer que quem está contra é somente a
elite branca.''
entrevista na ISTOÉ O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal do Paraná, aceitou pedido da defesa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e intimou ontem o ex-governador Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.
Costa quer que Campos e Bezerra deponham na Justiça Federal para falar no processo em que é acusado de desviar recursos das obras da Refinaria Abreu e Lima, que está em construção no Pernambuco, estado que Campos governou até o início deste ano.Germano Oliveira e Sérgio Roxo, O Globo- See more at: http://www.polemicaparaiba.com.br/2014/07/24/justica-intima-eduardo-campos-depor-sobre-refinaria-abreu-e-lima/#sthash.FNjzWhQ6.dpuf
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