Uma semana após o Ministério Público Eleitoral pedir a impugnação da candidatura, de Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato
ao governo do Estado, nas eleições deste ano, o tucano voltou a se
manifestar sobre o assunto, reafirmando que está elegível. Em entrevista
concedida a imprensa paraibana ele garantiu que não entraria numa
aventura simplesmente por ser candidato e que já pagou a sua pena.
“Eu estou com cinqüenta e um anos de idade. Tenho um mandato de senador atualmente e se estivesse a consciência que estava inelegível, eu continuaria no senado cumprindo meu mandato”, disse.
Tentando explicar porque está elegível, Cássio disse que a contagem é
muito simples e é feita a partir da data da eleição que foi disputada
para a eleição presente. Ou seja, de 2016 para 2014, são oito ano e no
dia 1º de outubro terá completado os anos da inelegibilidade.
“Eu não quero simplesmente retomar um mandato que foi interrompido. Não é este o meu objetivo. Eu quero fazer algo novo, diferente, fazer um governo muito mais planejado”, avaliou.
Voltando no tempo e relembrando a perda do mandato, ele disse que foi
cassado de governador, não foi por corrupção ou por malversação do
dinheiro público. Segundo ele, a Justiça Eleitoral entendeu de forma
equivocada, que um programa social, que fora suspenso no período
eleitoral, teve influência no resultado das eleições de 2006.
Ele enfatizou que o Programa da FAC à época era semelhante ao Bolsa
Família, o qual tinha critérios e que nunca havia entregado cheques à
famílias, mas a Justiça entendeu que o programa foi decisivo para a sua
vitória.
“Eu vou morrer discordando dessa decisão. A Paraíba havia me escolhido
governador em quatro oportunidades. Nos dois turnos de dois mil e dois,
em dois mil e seis pela vontade livre e soberana do povo paraibano.
Portanto, eu não perdi o mandato por ter colocado dinheiro no bolso e
nem na cueca, mas sim por ter ajudado a quem mais precisa”, ressaltou.
O senador explicou ainda que por conta da cassação foi punido por três
anos de inelegibilidade, que foi cumprida e que por só este argumento já
garante o direito de disputa. Ele informou também que ainda que queiram
aplicar os oito anos previstos na nova legislação, ele teria cumprindo
também o prazo da inelegibilidade.
Redação
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