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Em depoimento à Polícia Federal, Ediel Viana, suposto “laranja” do doleiro Carlos Habib Chater, afirmou que o ex-deputado federal pernambucano e ex-presidente nacional do PP, Pedro Corrêa Neto, um dos réus no processo do mensalão – foi “algumas vezes” ao escritório do Posto da Torre, em Brasília, onde, conforme investigação da “Operação Lava Jato”, funcionava uma “lavanderia” de caixa dois, para apanhar dinheiro em espécie.
De acordo com Viana, o doleiro Alberto Yousseff tinha ligações estreitas com o Posto, de propriedade de Carlos Chater, assim como com o ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010.
Viana, Youssef e Chater são réus em uma das 10 ações penais da “Operação Lava Jato”.
“Esse (Pedro Corrêa) já esteve no posto algumas vezes”, afirmou Viana, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, em Curitiba. O magistrado quis saber dele o motivo das visitas de Pedro Corrêa ao escritório de Chater.
Viana disse que o ex-deputado “mantinha reuniões com Carlos Habib”. “A partir desse momento, que teve algumas reuniões, começou a sair valores em cash”, garantiu.
Procurado, o advogado e juiz aposentado, Clóvis Corrêa Filho, que atua na defesa do primo, Pedro Corrêa, disse que não teve acesso ao depoimento de Ediel Viana e que por esse motivo não faria comentários.
Pedro Corrêa cumpre pena em Canhotinho, interior de Pernambuco, mas deverá ser liberado para o regime domiciliar antes do final do ano.
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