Em seu depoimento à Justiça Federal no processo de delação premiada que está vazando para a imprensa a conta-gotas, o doleiro Alberto Yousseff acusou os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci de serem o elo entre o PT e o lobista e operador de propina na Petrobras, Júlio Gerin Camargo.
Ambos, por meio dos seus advogados, negaram a acusação, mas nem por isso os líderes da oposição deixaram de tirar proveito da acusação.
“Palocci já veio de outros escândalos, inclusive o que o derrubou do Ministério da Fazenda. Ele é um personagem sumido, mas que sempre esteve encabeçando as posições de destaque do PT”, disse o líder da bancada do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho (PE).
Ele se referia à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006, quando Palocci foi responsabilizado pelo fato e acabou pedindo demissão do governo Lula.
“O fundo do poço está mais fundo que o pré-sal”, ironizou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) que foi o candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves.
Ele disse que o depoimento do doleiro, que vazou nesta quinta-feira, deverá ser aprofundado pela nova Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras que a Câmara instalou na última terça-feira.
O vice-líder da bancada do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse ser necessário aguardar provas para fazer um juízo sobre o depoimento de Yousseff.
Segundo ele, a delação premiada faz parte de uma estratégia de defesa dos réus. “Nesse processo de delação premiada em que o réu quer buscar sua liberdade, ele vai ter uma tese. Precisamos aguardar a conclusão desde processo e todas as provas colhidas”, afirmou.
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