O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), discutiu nesta segunda-feira, no plenário da Casa, com o senador petista Lindbergh Farias (RJ) ao defender o debate no país sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para o senador tucano, o tema não deveria causar “arrepios” nos apoiadores da chefe do Executivo. Já Lindbergh falou em “golpismo”.
Durante discurso na tribuna do Senado, Cássio Cunha Lima afirmou que, no último final de semana, houve uma “profusão” de mensagens convocando atos públicos para 15 de março em defesa do impeachment da presidente. Segundo o parlamentar, as manifestações seriam reflexo de uma “grave crise ética sem precedentes” e de um quadro econômico “desalentador”.
“Ao mesmo tempo em que se convocam manifestações para o dia 15 de março, não se pode falar em golpismo quando se pronuncia a palavra impeachment. A palavra impeachment está escrita na nossa Constituição e, portanto, por ser um tema constitucional, não tem de causar arrepio em ninguém”, afirmou o senador tucano.
A declaração provocou reação de Lindbergh Farias, que pediu a palavra para dizer que o PSDB estimula os atos a favor da saída de Dilma Rousseff. Ele lembrou que o partido questionou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o resultado das eleições presidenciais de 2014.
“Não é acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando nesse país, como fizeram com Getúlio, João Goulart. Estimuladas, sim, pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final. Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo! Não me venha comparar momentos que não têm nada a ver na história. Aqui, é grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado”, ressaltou o senador do PT.
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