Do G1
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, garantiu, hoje, que as autoridades de Defesa e segurança do Brasil já estavam monitorando os membros do grupo preso durante a manhã pela Polícia Federal. Qualquer um que tente o mesmo, segundo ele, pode pegar até 8 anos de cadeia por atos preparatórios de terrorismo.
"Eles cruzaram a linha entre apologia e ato preparatório (...) Estamos monitorando as redes sociais, todas elas, e qualquer ato preparatórios de terrorismo, cruzar a linha vermelha entre apologia ao terrorismo e esses atos, nós seremos implacáveis em conter e prender os responsáveis", disse o ministro, durante um exercício de simulação de sequestro de uma embarcação das Barcas, realizado pela Marinha próximo a Boa Viagem, em Niterói, Região Metropolitana.
O ministro afirmou ainda que a fase dos testes das Forças Armadas no Rio acaba no domingo (24), e que Ministros da área de defesa e segurança serão transferidos para o Rio a partir do dia 2 de agosto.
"Haverá sempre um ministro de plantão aqui para a eventual tomada de qualquer decisão. Iniciaremos a olimpíada juntos e terminaremos juntos", afirmou ele.
Amadorismo
Mais cedo, ele afirmou que a organização dos presos é "de um amadorismo, de uma porralouquice", pedindo desculpas pelo termo.
"Vocês chegaram a ver o vídeo deles? Não sei se chegaram a ver. Mas é de um amadorismo, me perdoem o linguajar um tanto vulgar, mas, de uma porralouquice. Porque, de fato, é um grupo que não tem, digamos assim, nenhuma tradição, algo que você pudesse ter um preparativo histórico, eram jovens", comentou.
Raul Jungmann explicou também que agências de inteligência de outros países estão ajudando a monitorar possíveis ameaças terroristas, em especial do Estado Islâmico (EI), e que até o momento nenhum indício concreto foi encontrado.
"Nós não temos nenhuma informação de que membros do Estado Islâmico se deslocaram para cá para fazer qualquer tipo de atividade. E não só a nossa inteligência, mas a da França, dos Estados Unidos, da Inglaterra, Israel e assim por diante. Fica claro que o meio de contato são as redes sociais".
Jungmann reafirmou que a informação de um plano para atentar contra a delegação francesa não é verdadeira. O ministro admite que o mundo vive uma "histeria" em relação ao terrorismo, mas destaca que o foco são os países centrais que travaram uma guerra contra o Estado Islâmico.
Embora admita que o EI busque propaganda e que os Jogos Olímpicos podem ser um alvo, ele afirmou que o episódio da prisão deve servir como um alerta de que a segurança no Brasil tem funcionado, mas que "seria ilegítimo dizer que não há uma preocupação". Jungmann ponderou ainda que, apesar de o grupo ser amador, "não poderia não ser preso", já que, graças à Lei Antiterror, preparar atos de terrorismo configura crime.
Ainda segundo o titular da pasta de Defesa, a investigação sobre os presos desta quinta-feira corre em segredo de Justiça e o caso não foi informado antes porque seria como avisar ao grupo que vinha sendo monitorado. "Em compensação, a partir do vazamento da informação, o estado veio a público explicar o acontecimento", disse Jungmann.
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