“A prisão de Eduardo Cunha, no início da tarde desta quarta-feira (19), foi um fato esperado e aguardado pela maioria da população brasileira, principalmente por aqueles que acompanharam as manobras e chantagens feitas pelo o ex-deputado na Câmara Federal para protelar o processo que culminou na sua cassação”. É essa avaliação do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), uma das primeiras vozes no Congresso Nacional a pedir a saída de Cunha da então presidência da Casa em função das denúncias de corrupção que começavam a surgir contra ele. “Eduardo Cunha embarcou num trem cuja parada final era a cidade de Curitiba. E ele fez de tudo para evitar isso. Só que a hora dele acertar as contas com o Juiz Sérgio Moro chegou”, afirmou.
Para Jarbas, quem acreditava que Eduardo Cunha não seria preso porque a Operação Lava Jato seria seletiva ou tinha como objetivo principal a destituição do PT do poder, ficou sem discurso agora. “Me causava perplexidade que alguns setores da política e da opinião pública ainda tinha esse discurso, que eu debitava na conta do despreparo político ou da má fé. Com mais esse passo, a Lava Jato se fortalece e se consolida como a maior frente de investigação contra a corrupção já ocorrida no País”.
Sobre uma possível delação premiada que Cunha poderia fazer à Justiça -, fato já ventilado desde antes da sua cassação e que ganha força com a prisão -, o deputado pernambucano acredita ser possível. “Uma pessoa que desdenha de tudo, que zomba da consciência do povo e se mostrou preparado para a malandragem, é capaz de negociar qualquer tipo de acordo, inclusive uma delação”, disse Jarbas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário