quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Planalto vê com desconfiança críticas de Maia

Blog da Andréia Sadi
Interlocutores de Michel Temer avaliaram reservadamente ao Blog que veem as novas críticas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Planalto com desconfiança, em meio ao processo que vai discutir a segunda denúncia contra o presidente na Câmara dos Deputados.
Nesta quarta-feira, Maia acusou os ministros do governo de quererem enfraquecer o DEM, seu partido. Os alvos de Maia são os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, e o presidente do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RR).
No entanto, o discurso no Planalto, agora, é evitar atritos com Maia - que ditará o ritmo da segunda denúncia na Câmara. Temer, antes das críticas, já havia conversado com Maia sobre o ambiente da votação na Câmara.
Nos bastidores, a avaliação do Planalto é de que o presidente quer votar a segunda denúncia rapidamente na Câmara, porque teme que a delação de Geddel Vieira Lima se concretize - e que isso possa contaminar o ambiente entre os deputados.
Temer conta com o presidente da Casa para dar celeridade ao processo.
Além das críticas aos movimentos dos ministros, chamou a atenção de aliados de Temer o fato de que Maia recebeu no Planalto artistas que defendem o "Fora, Temer", enquanto o presidente estava em Nova York. A agenda irritou Temer.
PMDB x DEM
Ontem, o presidente da Câmara alertou Temer sobre o movimento dos ministros em relação ao DEM, que considerou grave.
Ao blog, auxiliares do presidente tentam blindar Temer do novo atrito com Maia, argumentando que ele nada tem a ver com os movimentos do PMDB para convencer políticos do PSB a se filiarem ao partido de Temer. Esses parlamentares estavam em negociação com o DEM.
Um dos casos que mais irritou Maia foi o do senador Fernando Bezerra. O ato de filiação dele contou, inclusive, com as presenças dos ministros Moreira e Padilha.
Apesar do discurso do governo de que Temer está alheio ao processo de cooptação de políticos do PSB para o PMDB, Maia lembra, nos bastidores, de uma operação liderada por Temer em julho. O presidente foi pessoalmente a um café da manhã na casa da líder do PSB, Teresa Cristina, com objetivo de atrair deputados do partido para o PMDB.
O mal-estar gerou uma crise entre Maia e Temer em meio às discussões sobre a primeira denúncia.
Agora, Maia afirma que suas críticas não influenciam o processo da segunda denúncia na Câmara.
Mas a ordem no Planalto é baixar a temperatura.

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